16 de julho de 2012 | 3h 08 RIO - O Estado de S.Paulo
Apesar das pedras no caminho dos acionistas minoritários, episódios recentes que vieram a público ilustraram o poder da categoria quando organizada para exercer seus direitos societários perante as empresas.
Um dos exemplos foi a eleição de quatro membros do conselho da Gafisa, empresa sem controle definido, por indicação de acionistas liderados pelas gestoras de fundos Rio Bravo, Polo e pela Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF).
Outro caso que tornou-se emblemático foi o da PDG, que em 2011 teve reprovada por 60% dos acionistas a proposta de remuneração da administração em primeira assembleia.
O veto foi embasado em recomendações de consultorias internacionais de recomendação de voto, que vêm se mostrando importantes agentes de fomento a esse ativismo. Aos poucos, os minoritários ganham mais força nas deliberações.
As empresas desaprovaram o fato de a PDG não divulgar informações de remuneração, como exige a Comissão de Valores Imobiliários (CVM), a xerife do mercado de ações, com base numa liminar do Instituto Brasileiro de Executivos de Finança (Ibef-Rio).
Nos Estados Unidos, os investidores não têm o poder de alterar o plano de remuneração de executivos. Só em 2010, com a aprovação da Lei Dodd-Frank, eles passaram a poder opinar sobre esses valores. /M.D.
Matéria publicada pelo O Estado de S. Paulo em 16/07/12.
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