A operação de fechamento de capital da Redecard pode caminhar para um impasse entre controlador e os minoritários, que questionam o preço ofertado. O Itaú já anunciou que, caso não consiga cancelar o registro de companhia aberta, vai retirar a Redecard do Novo Mercado.
O controlador da CCDI, também envolvida em fechamento de capital, já informou que sairá do nível máximo de governança corporativa se a operação não for bem-sucedida. Caso essa postura em relação ao Novo Mercado ganhe novos adeptos, o mercado acionário brasileiro será a principal vítima.
No post "O fechamento de capital de Redecard foi benéfico aos minoritários?", de 7 de fevereiro último, comentei que o preço de R$ 35 oferecido pelo controlador, Itaú Unibanco, aos minoritários era justo, pois superava o preço-alvo médio de R$ 34,5 obtido pela Bloomberg junto aos analistas de mercado.
Contudo, o preço-alvo para o Itaú pode ser superior ao indicado pelo mercado, pois o banco se apropriará das sinergias decorrentes da operação como, por exemplo, o ganho fiscal gerado pelo ágio na aquisição (a diferença entre o valor pago pelas ações e o valor patrimonial) e o incremento da competitividade da Redecard, já que poderá ofertar, após o fechamento de capital, serviços integrados como cartão, administração de folha de pagamento e linhas para capital de giro aos estabelecimentos comerciais.
Análise publicada pelo Blog "O Estrategista", de André Rocha, no Valor Online. Para ler a íntegra, acesse:
http://www.valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/2588094/dois-erros-nao-fazem-um-acerto
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