Os acionistas minoritários da Redecard deveriam aceitar a oferta do Itaú para o fechamento de capital da credenciadora de cartões de crédito e débito. A avaliação é dos analistas do Deutsche Bank, em relatório que atualiza as perspectivas para o setor de cartões diante da proposta do Itaú. Eles veem riscos operacionais à empresa caso o banco desista da transação.
"Continuamos a acreditar que o preço da oferta [R$ 35] é justo", observam Mario Pierry, Marcelo Cintra e Tito Labarta, em relatório enviado a clientes. Os analistas aumentara o preço-alvo da ação ordinária (ON, com direito a voto) da companhia para R$ 36,10.
O fechamento do capital é um movimento estratégico do Itaú, que visa obter benefício fiscal e impulsionar os ganhos de eficiência da controlada, com economia de custos e aumento de receitas, especialmente no que se refere à operação de antecipação de recebíveis.
Os analistas veem dois "significativos" riscos caso a operação seja frustrada. Primeiro, o Itaú poderia fechar parceria com outras credenciadoras para afiliar estabelecimentos comerciais para elas, o que já faz hoje tanto para a Redecard quanto para a Cielo - prática herdada dos tempos de exclusividade, em que só a Cielo capturava a bandeira Visa e a Redecard a Mastercard. Depois da abertura do mercado de cartões em 2010, outros competidores entraram nesse mercado, caso de Santander, com a GetNet, e Citibank com a americana Elavon.
Notícia publicada pelo Valor Econômico em 22/02/12. Para ler a íntegra, acesse o site do jornal:
http://www.valor.com.br/financas/2537132/minoritario-da-redecard-deveria-aceitar-oferta-do-itau
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