Por Antonio Perez | De São Paulo
A adoção da análise do perfil do investidor antes da oferta de investimentos é um avanço na área financeira, mas é preciso cuidado para que não se converta em uma restrição à liberdade de escolha dos aplicadores. Essa é a avaliação de José Eduardo Carneiro Queiroz, sócio do escritório Mattos Filho Advogados e um dos maiores especialistas do país em fundos de investimento, sobre a proposta para normas de "suitability" colocada ontem em audiência pública pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "No fundo, a decisão [sobre onde investir] é de foro íntimo, e não se pode tirar a liberdade do investidor de comprar o que quiser", afirma.
Para Queiroz, as novas regras devem deixar claro que não cabe às instituições financeiras "tecerem um juízo de valor sobre o que é bom ou não para o investidor". Ele ressalta que o processo de avaliação do perfil de um cliente será sempre, qualquer que seja a metodologia adotada, "algo muito subjetivo". Trocando em miúdos, não é possível definir com absoluta certeza - a partir de respostas de investidores a questionários ou mesmo por meio de entrevistas pessoais - o que realmente é bom para o investidor.
Notícia publicada no Valor Econômico em 14/12/11. Para ler a íntegra, acesse o site do jornal:
http://www.valor.com.br/impresso/eu-investimentos/risco-e-limitar-liberdade-de-escolha
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