As taxas de retorno de dois dos maiores investimentos que estão sendo realizados pela Eletrobras, da usina hidrelétrica de Belo Monte e da usina nuclear Angra 3, ainda são desconhecidas pelo próprio conselho de administração.
O representante dos minoritários no conselho da estatal, Arlindo Magno, diz que mesmo com as obras dos empreendimentos em andamento nem mesmo os valores oficiais de investimentos foram informados.
A discussão surgiu depois que a estatal mineira Cemig informou ao mercado na semana passada, logo depois de anunciar sua entrada em Belo Monte, o valor do investimento - cerca de R$ 28 bilhões já corrigidos pela inflação - e a expectativa de taxa de retorno em torno de 10%.
A companhia mineira fez uma teleconferência com analistas para falar sobre o investimento. Foi a primeira vez que um dos sócios do empreendimento, com capital aberto em bolsa, deu detalhes sobre as condições econômico-financeiras do empreendimento.
A própria Eletrobras admite que informações sobre Belo Monte e Angra 3 estão demorando um pouco mais a chegar ao conselho. Em nota enviada ao Valor por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa informa que não nega informações aos seus conselheiros e todas as solicitadas são prestadas durante a reunião ou pouco depois, antes da reunião seguinte.
Notícia publicada em 04/11/11 pelo Valor Econômico. Para lê-la na íntegra, acesse o site do jornal:
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