A Polícia Federal não encontrou provas suficientes que justificassem o indiciamento dos dois sócios da Deloitte -José Barbosa da Silva Junior e Osmar Aurélio Lujan- responsáveis pela auditoria do PanAmericano, informa reportagem de Julio Wiziack, Toni Sciarretta e Flávio Ferreira publicada na edição desta quarta-feira da Folha.
Para incriminá-los, a PF precisaria ter localizado indícios de que os dois participaram ou, ao menos, souberam das fraudes que levaram ao rombo de R$ 4,3 bilhões. Para a PF, é possível que os auditores tenham se omitido ou cometido falha técnica. Mas essa investigação cabe ao Banco Central.
A Folha apurou que já está em curso no BC um processo que apura a atuação da Deloitte no caso. As penas podem ser de suspensão até inabilitação dos auditores. A Deloitte pode ser responsabilizada por não ter feito ressalvas no balanço do PanAmericano quando teve dificuldades para atestar transações envolvendo carteiras de crédito do banco vendidas a outras instituições -principal foco das fraudes.
Procurada, a Deloitte afirma que está impedida por questões de confidencialidade e de ética profissional a fornecer informações que envolvam qualquer empresa. A Deloitte diz ainda que se colocou à disposição das autoridades competentes para cooperar com as apurações.
Leia mais na edição da Folha da quarta-feira, que já está nas bancas.
Matéria publicada pela Folha de S. Paulo em 02/11/11. Para lê-la na íntegra, acesse o site: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1000320-pf-desiste-de-indiciar-deloitte-em-caso-do-panamericano.shtml
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