Por Marina Gazzoni
A Gafisa realizará hoje uma assembleia geral ordinária (AGO) para eleger um novo conselho de administração. A reunião deve ser marcada por uma acirrada disputa de interesses. Um grupo de acionistas minoritários está insatisfeito com a atual administração da companhia. Eles vão tentar aumentar sua representação no conselho para ganhar voz em decisões estratégicas da Gafisa.
A Gafisa é uma das empresas brasileiras de capital aberto mais pulverizadas - 99,8% das suas ações estão no mercado. Assim, seu maior acionista tem uma fatia de apenas 5% do capital. Hoje, o único acionista com presença no conselho da empresa é a Rio Bravo, representada por Guilherme Affonso Ferreira, um de seus sócios.
Uma divergência sobre a indicação de nomes inviabilizou a formação de uma chapa única para a eleição do conselho da Gafisa. Os minoritários queriam a inclusão de Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa Econômica, e de Marcelo Moreira, ex-diretor do Pátria Investimentos, no quadro de conselheiros.
A proposta não foi aceita sob o argumento de que eles não seriam independentes. Maria Fernanda estaria ligada à Funcef e Moreira ao Pátria, ambos acionistas da empresa. Ferreira discordou da decisão e pediu para ter seu nome retirado como candidato da atual administração. Ele passou a compor o grupo dos indicados pelos acionistas minoritários.
Matéria publicada pelo O Estado de S. Paulo em 11/05/12. Para ler a íntegra, acesse o site do jornal:
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