Se os acionistas da Redecard eram unânimes em questionar o desejo do Itaú Unibanco de retirar a companhia de cartões do Novo Mercado, não existe o mesmo consenso em relação a brigar por um preço maior para entregar as ações na oferta pública de ações (OPA) para o fechamento de capital da empresa.
Na próxima sexta-feira, dia 18, os minoritários da Redecard reúnem-se em assembleia solicitada pela gestora americana Lazard, que tem cerca de 10% do capital da empresa. O fundo quer que um novo laudo de avaliação seja feito por discordar de algumas premissas utilizadas pelo Rothschild no documento de avaliação que elaborou a pedido do Itaú.
O Lazard indicou o Credit Suisse para elaborar o laudo e, se a medida for aprovada, os acionistas terão de arcar com os custos do trabalho, de R$ 500 mil.
A questão é que o Itaú afirmou que se o novo laudo indicar um preço superior, não elevará os R$ 35, 00, mais dividendos, ofertados e retirará a proposta de fechamento de capital.
Muitos minoritários avaliam que seria inútil um novo laudo, diante da afirmação do controlador. Ele serviria apenas para atrasar a operação para o segundo semestre, ou até mesmo cancelá-la. Ponderam inclusive que o Credit foi um dos três bancos que o próprio controlador sugeriu para a elaboração de um laudo e a equipe de análise do banco aponta R$ 35,00 para o papel. Em resumo, os acionistas preferem não perder mais tempo com essa questão.
Matéria publicada no Valor Econômico em 11/05/12. Para ler a íntegra, acesse o site do jornal:
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