Por Douglas J. Skinner | Bloomberg
A revelação recente de uma fraude contábil que durava muitos anos na Olympus renovou a atenção aos modelos de governança empresarial do Japão e levantou importantes preocupações para os investidores em empresas do país.
Com base no que sabemos até o momento, a Olympus teve perdas de pelo menos US$ 1,4 bilhão com investimentos na década de 90 e conseguiu esconder o prejuízo até recentemente, por meio de várias formas de "maquiagem" das contas.
Embora grandes fraudes contábeis ocorram periodicamente pelo mundo, o que é mais gritante no caso da Olympus é o tempo que as falcatruas demoraram para vir à tona.
Isso levanta questões preocupantes sobre as métodos de auditoria e de divulgação de balanços no Japão, que historicamente são bem diferentes dos observados nos Estados Unidos e em outros países ocidentais.
Investidores interessados em ações no Japão - para os quais o atual patamar das cotações parece baixo se levadas em conta formas de avaliação convencionais como a relação de preço sobre valor patrimonial - agora se perguntam sobre a possibilidade de outras companhias com surpresas desagradáveis escondidas em seus livros e sobre a qualidade em geral da governança empresarial no país.
Notícia publicada pelo Valor Econômico em 05/12/11. Para ler a íntegra, acesse o site do jornal:
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