A Polícia Federal aponta 14 empresas de fachada como ponte usada por ex-dirigentes do Banco Panamericano para suposto desvio de "quantia astronômica" do caixa do banco. A PF afirma que R$ 76,89 milhões migraram ilicitamente "para empresas dos diretores (do banco) e para outras empresas de membros do conselho de administração e diretores do Grupo Silvio Santos".
As transferências supostamente fraudulentas ocorreram entre 2008 e 2010. Nesse período, diz a PF, a remuneração global dos administradores do banco correspondeu à quantia de R$ 20 milhões.
Atas de Assembleias Gerais Ordinárias indicam que em 2008 foram destinados R$ 6,5 milhões para a cúpula do banco; em 2009, a quantia de R$ 7 milhões; em 2010, R$ 6,5 milhões.
"Não há em nenhum ato societário a aprovação do pagamento de bônus ou participação nos lucros e resultados, além do pró labore recebido", destaca a PF, em relatório intitulado "do uso de empresas de fachada para a subtração de valores pela administração do Panamericano".
Depoimentos de dois ex-funcionários da área de recursos humanos do grupo, Victor Hugo Gugi e Regina Lucia Zacharias Aguiar, reforçam suspeitas sobre a liberação de recursos. Eles confirmaram "pagamento de bônus para os administradores sem autorização formal".
Notícia publicada em 04/11/11 pelo O Estado de S. Paulo. Para lê-la na íntegra, acesse o site do jornal:
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