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Azul vai fazer IPO no Brasil e nos EUA

02/12/2014 às 05h00

Valor Econômico - Por Beth Koike | De São Paulo

A Azul deu mais um passo para a abertura de capital (IPO). Ontem, a companhia aérea protocolou junto à Securities and Exchange (SEC) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um prospecto preliminar para emissão de ações tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

No ano passado, a companhia aérea chegou a adiar o IPO devido às condições macroeconômicas e também teve seu primeiro pedido de abertura de capital negado pela CVM, que posteriormente foi reconsiderado.

A oferta será primária e secundária e os recursos serão usados para aquisição de aeronaves, pagamento de dívida e capital de giro. Parte dos recursos captados será destinada ao pagamento de notas promissórias comerciais no valor de R$ 103,2 milhões e de empréstimos de US$ 62,3 milhões firmados junto ao Citibank e Safra, segundo informações do prospecto preliminar.

A companhia aérea, fundada por David Neelemann, não informou o percentual do capital a ser colocado no mercado, nem o valor exato que pretende captar. No ano passado, o mercado estimava que a Azul poderia levantar algo em torno de R$ 1 bilhão na oferta inicial de ações. No prospecto preliminar encaminhado à SEC, a companhia informa uma captação de até US$ 100 milhões, mas trata-se de um valor de referência, uma vez que a autarquia americana exige a inclusão de algum valor para cálculo de taxas.

Na semana passada, a Azul anunciou a encomenda de 35 jatos da Airbus e o cancelamento de aeronaves da Embraer, que por conta do seu menor tamanho normalmente atendem a voos regionais. A decisão veio após o governo não renovar a Medida Provisória que dá subsídios à aviação regional.

No entanto, a Azul informou, em seu prospecto, acreditar que a negociação da Medida Provisória será retomada no próximo ano. "Acreditamos que o pacote de incentivos anunciado pelo governo federal para o setor de aviação regional dará suporte à expansão de nossa malha aérea doméstica", informa a companhia. "Embora o Congresso não tenha finalizado sua revisão da Medida Provisória 652 até esta data, esperamos que o governo brasileiro retome em 2015 o processo de aprovação do pacote de incentivos à aviação regional remanescente", complementou a empresa.

A companhia trouxe a público também seus dados financeiros que não eram divulgados por completo até então. Nos nove primeiros meses deste ano, a Azul acumulou um prejuízo de R$ 63,2 milhões e uma receita de R$ 4,2 bilhões. A margem Ebitda ajustada (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) foi de 22,7%. No ano todo de 2013, a companhia aérea apurou um lucro líquido de R$ 20,7 milhões e uma receita de R$ 5,2 bilhões. A margem Ebitda no período ficou em 23,2%.

Com 4 milhões de usuários, o programa de milhagem da Azul movimentou R$ 244 milhões nos últimos 12 meses, encerrado em setembro. "Para maximizar o potencial de criação de valor da TudoAzul [programa de milhagem] daqui para frente, nós começamos recentemente a gerir o programa como uma unidade de negócios separada", informou a Azul. Dessa forma, a companhia aérea de Neeleman segue o mesmo caminho de TAM e Gol, que separaram as respectivas empresas de milhagem - Multiplus e Smiles que também têm ações negociadas em bolsa.

Nos Estados Unidos, as ações da Azul serão emitidas por meio de American Depositary Receipts (ADS).

 

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