Transparência e Governança

 
  • Increase font size
  • Default font size
  • Decrease font size
notícias Acionistas minoritários da TIM Brasil querem avaliar supostas fraudes


Acionistas minoritários da TIM Brasil querem avaliar supostas fraudes

Acionistas minoritários da TIM Brasil estudam entrar na Justiça contra a empresa por suposta fraude no balanço financeiro da companhia. De acordo com uma fonte envolvida na operação, a avaliação é que a prática, que elevava artificialmente o número de clientes da operadora desde 2009, pode causar prejuízos bilionários aos acionistas da tele. No último fim de semana, o presidente da empresa, o italiano Luca Luciani, renunciou ao cargo, dias após a Promotoria de Milão ter aberto inquérito para investigar a manipulação no número de clientes que teria sido feita também pelo executivo na Itália, sede da empresa, entre 2005 e 2007.

Segundo esta mesma fonte, o executivo, que assumiu a operação brasileira no início de 2009, estaria manipulando o total de usuários pré-pagos (de cartão) no Brasil, colocando R$ 0,01 de crédito nos chips para que os números não ficassem inativos. Com isso, a base de assinantes da companhia só crescia. Em março, a TIM contava com 67,2 milhões de clientes, diz a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Há três anos, eram 36,1 milhões, uma alta de 86%. Hoje a TIM é a segunda colocada, atrás da Vivo (74,8 milhões).

A situação é vista com preocupação pela empresa brasileira. Hoje, diz um acionista minoritário da TIM Brasil, há 15 auditores externos revisando todos os dados da companhia no país. A empresa é auditada pela Price. “Por conta da fraude, os minoritários estão analisando providências”, disse a fonte. Entre os acionistas minoritários estão fundos como o de Massachusetts e o Brandes, da Califórnia. Entre os brasileiros, estão fundos de bancos brasileiros. O empresário Nelson Tanure também é acionista.

“Sempre tem possibilidade de ação na Justiça, mas ainda não há indícios confirmados de fraude”,  ponderou um dos fundos minoritários. A TIM nega que adote práticas artificiais de crédito para manter chips pré-pagos ativos. A empresa afirma que adota regras de desconexão das linhas compatíveis com o limite mínimo estabelecido pela Anatel e pela prática de mercado. A tele disse ainda desconhecer a intenção de acionistas minoritários de questionamento sobre a lisura dos balanços publicados. A companhia ressaltou que “neste momento há equipe interna e auditores externos trabalhando, como parte das rotinas de controle interno da empresa”.

Luciani pode ainda ser preso na Itália, dependendo das acusações na Justiça italiana, destaca a fonte. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já iniciou investigação para apurar se houve fraude. Oficialmente, a autarquia afirmou que “analisa as informações e movimentações envolvendo as companhias abertas”. O executivo terá que contratar advogados para se defender, já que a Telecom Italia, supostamente lesada pela fraude, não vai arcar com os custos de defesa de Luciani. Após cair mais de 5% na sexta-feira, as ações ordinárias subiram 2,19% ontem.

 

Da Agência O Globo - 08/05/12

 

Add comment




Copyright © 2024 Transparência e Governança. All Rights Reserved.
Joomla! is Free Software released under the GNU/GPL License.
___by: ITOO Webmarketing