Acionistas minoritários se unem para evitar mais prejuízos com a LaepAs relações entre sócios minoritários e controladores nem sempre são das mais fáceis. Os 27 pedidos de fechamento de capital de companhias abertas na BM&F Bovespa tem sido causa de transtornos para muitos investidores insatisfeitos. No entanto, não são só os fechamentos e incorporações de outras companhias que causam transtornos nas carteiras dos investidores. Sediada nas Bermudas, a Laep tem provocado dor de cabeças. Atualmente, a empresa dona dos direitos da Parmalat e da Daslu no Brasil, enfrenta a fúria de seus sócios minoritários. As constantes emissões de novos títulos - no caso, BDRs, papéis de empresas estrangeiras negociadas no Brasil - têm diminuído brutalmente o capital dos acionistas.
O administrador Sérgio Luiz Bezerra é um deles - viu o valor de suas ações investidas na Laep reduzirem em 92,50% no último ano. Na última sexta-feira, ele e os outros minoritários da Laep sofreram mais um revés. A companhia anunciou a emissão de mais 100 milhões de títulos, diluindo ainda mais o poder dos acionistas minoritários. "Você já está perdendo dinheiro e ainda tem de dar a cara a público para se manifestar", diz Sérgio.
Na liderança do movimento dos minoritários da Laep desde as primeiras manifestações em fevereiro deste ano, Sérgio trabalhava no mercado financeiro, no entanto, hoje busca lucrar no setor imobiliário, seu novo nicho de negócio. A indignação os uniu primeiramente em fóruns de sites de investimentos, evoluindo para as redes sociais.
Matéria publicada pelo site da Revista Você S/A em 02/04/12. Para ler a íntegra, acesse:
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