Por André Rocha - O Estrategista
As ações ordinárias (ONs) de Usiminas (USIM3) fecharam 21 de novembro, segunda-feira, cotadas a R$ 22,36, um prêmio de 88% sobre as ações preferenciais (USIM5). Ele é merecido? Creio que não.
Há rumores de que pode haver alteração do controle acionário de Usiminas. Fala-se na entrada de CSN, Gerdau ou Ternium no bloco de controle. A legislação (artigo 254-A da Lei 6.404/76) obriga o adquirente a oferecer 80% do valor pago aos controladores aos acionistas minoritários votantes. Esse instituto recebe o nome de ´tag along´. Os detentores de ações preferenciais não possuem tal direito. Como o mercado acredita que 80% do valor pago pelo controle superará o preço atual das ações ON, os investidores apostam nas ordinárias. Outro fato que vem impulsionando o preço das ações ordinárias é a aquisição de ações feita no mercado pela siderúrgica CSN. Com a compra reduz-se o número de ações votantes disponíveis em mercado (´free float´). Quanto menor a oferta de ações, maior o preço.
O controle da Usiminas é detido por Camargo Corrêa, com 12,98% das ON; Nippon, com 29,08%; Caixa dos Empregados da Usiminas, com 10,13%; e Votorantim, com 12,98%, perfazendo 65,17% do total de ONs.
Notícia publicada pelo Valor Econômico em 22/11/11. Para lê-la na íntegra, acesse o site do jornal:
http://www.valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/1103768/o-polemico-premio-de-usim3-sobre-usim5
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